Estamos no mês de março, e no dia 08 é comemorado o “Dia Internacional das Mulheres”, com o objetivo de lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo da história.
Você já percebeu quanta mudança aconteceu na vida das famílias, e principalmente da mulher, a partir da década de 60? Gosto de lembrar que, nos anos cinquenta, a maioria das mulheres não sabiam ler e eram dependentes do pai ou do marido. Naquela época, esperava-se que o pai, o provedor, ficasse o dia inteiro trabalhando, enquanto a mãe cuidasse da casa e dos filhos, tornando-se responsável pela organização e educação.
Com o controle de natalidade, a mulher pôde escolher quantos filhos, de fato, desejasse ter, e em sua expressiva trajetória, pode ingressar no mercado de trabalho, nas escolas e faculdades.
Segundo o G1 globo.com de Minas Gerais (10/01/2022), em uma pesquisa recente, foram perguntadas às entrevistadas quais eram as três coisas mais importantes na vida de uma mulher:
• 60% responderam que gostariam de ser independentes financeiramente.
• 43% disseram que gostariam de trabalhar em algo que trouxesse realização.
• 23% responderam que ser mãe é o mais importante para elas.
Esses dados nos mostram que o papel da mulher na sociedade passa pelo direito de escolher os próprios caminhos, e o quanto a independência financeira é de suma importância.
Em pleno século XXI, ainda enfrentamos muitos preconceitos, julgamento e crítica. Porém, é fato que a mulher já está presente em todos os setores da sociedade enquanto outras escolhem cuidar das casas e de seus filhos.
Sonhar e almejar destinos diferentes, controlar melhor suas próprias vidas com mesmos direitos e oportunidades que os homens ainda consistem na luta da mulher. E é através de mulheres comuns ou grandes guerreiras, fortes e resilientes que nascem valiosas mudanças.
Hoje eu escuto as mulheres reclamarem: “Ah, mas eu tenho que cuidar dos filhos”, “Eu tenho trabalho”, “Eu tenho que estudar”, “Eu tenho que me arrumar”.
Isso é muito interessante... Por quê?
Porque quando nas minhas palestras ou na clínica eu pergunto para as mulheres:
De que papel você abriria mão hoje?
Sabe o que é comum escutar? Nenhum!
Deste modo, a questão é a mulher aprender a lidar com a sua própria autoexigência, parar de achar que vai trabalhar fora,cuidar da casa, e ainda fazer o bolinho às 15h da tarde... não dá!
A mulher precisa aprender a lidar com a exigência e com o “querer” ser perfeita, se achar uma impostora quando ela não faz tudo que é exigido socialmente. É preciso equilibrar todas as suas escolhas, isso é possível desde que também aprenda sobre ter o direito de receber ajuda, e de aceitar ser imperfeita como todas as pessoas.
Um bom exemplo de guerreira é a poetisa Cora Coralina, uma mulher que teve força, coragem e, que apesar dos altos e baixos de sua vida, manteve a chama da esperança e publicou seu primeiro livro aos 75 anos. Lembrar dela pode encorajar a todas nós a ir atrás dos sonhos e das metas.
Existem milhares de mulheres com suas vivências e histórias de luta, dificuldades e coragem. Podemos nos identificar com qualquer uma delas em algum momento de nossas vidas e levá-las como inspiração nesta jornada.
Todas nós, mulheres, temos uma trajetória de vida para chegar até onde estamos hoje, não é verdade?
Você pode, sim, fazer suas escolhas, descongelar seus sonhos, suas metas e ser feliz; desde que compreenda e aceite que existem limites que podem ser superados com o tempo e o desenvolvimento de habilidades que se tornem importantes.
Busque equilíbrio para lidar melhor com suas escolhas.
Que você MULHER, seja:
Livre para sonhar, livre para conquistar, livre para escolher.
Enfim.... livre para ser e estar onde quiser!
Abraço carinhoso,
Ana Lúcia Rafael
Comments